sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Rela-meridional (Hyla meridionalis)

Reino:          Animalia
Filo:             Chordata
Classe:        Amphibia
Ordem:       Anura
Família:      Hylidae
Género:      Hyla
Espécie:     Hyla meridionalis

Parecida com a Rela-comum (Hyla molleri), mas é maior, tem patas posteriores mais compridas e sobretudo a faixa escura vinda da narina termina ao nivel do ombro.

Atinge 5 a 6 cm de comprimento sendo que o macho é um pouco maior que a fêmea. Péle lisa, verde no dorso e esbranquiçada no ventre, faixa negra bilateral nascendo ao nível das narinas e
passando pelos olhos e timpanos acaba ao nível dos ombros. O dorso pode apresentar variação fisiológica da coloração: amarelada, acastanhada ou acinzentada. Os machos possuem um saco vocal. Todos os dedos possuem discos adesivos.

Fácil de observar durante o dia, embora se alimente sobretudo durante a noite de vários artrópodes.

Distribui-se pela Argélia, Marrocos, França, Itália, Espanha e Portugal. Encontra-se habitualmente em baixas altitudes que, em Portugal, vão desde o nível do mar até aos 450 m.

A época de reprodução vai de Dezembro a Janeiro em Portugal. Os machos atraiem as fêmeas coaxando alto, perto da àgua ou pendurados em àrvores e arbustos.


Como todos os anfíbios está em risco de declínio devido a causas complexas e não totalmente esclarecidas entre as quais avulta o uso indiscriminado de pesticidas e fertilizantes e perda de habitat. Sobre este assunto ver http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Fauna-e-Flora/content/Causas-do-declinio-global-dos-anfibios?bl=1&viewall=true

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Garça-boieira (Bubulcus ibis)

Reino:               Animalia
Filo:                  Chordata
Classe:              Aves
Ordem:             Ciconiiformes
Família:            Ardeidae
Género:            Bubulcus
Espécie:            Bubulcus ibis. (Espécie monotípica)
Nome Comum: Garça-boieira ou Carraceiro

Nativa de Portugal, Espanha, Àfrica e Àsia tropical e sub-tropical. A àrea de distribuição expandiu-se, e continua a fazê-lo, por uma zona enorme muito superior a qualquer outra espécie de ave.

Corpo compacto de dimensão média, bico robusto, curto e pescoço relativamente curto e largo. De todas as garças é a única que é capaz de viver em zonas secas, longe da àgua, embora não desdenhe zonas húmidas. Por vezes dá a impressão de ser marreco porque recolhe o pescoço entre as espáduas. Os dois sexos são semelhantes.

Plumagem de Inverno totalmente branca, bico amarelo-alaranjado, patas verde –acastanhado sombrio. Plumagem nuptial com plumas laranja na cabeça, dorso e peito. Bico amarelo e patas avermelhadas. No final do Outono e entre as duas fases o macho passa por uma muda total.

O voo é lento, majestoso com o pescoço retraido e as patas projectadas para trás.

Aqui na zona, é raro verem-se bandos de mais de uma dezena de individuos. Também é frequente encontrá-los pousados nos ramos de pinheiro e eucalipto provávelmente para pernoita ou nidificação.


É frequente vê-la atrás dos tractores que lavram a terra  ou entre o gado, por vezes pousando-lhes no dorso, donde o nome comum por que é conhecida a ave.  Alimenta-se de insectos (na Austrália notou-se que a presença do Carraçeiro leva a uma diminuição importante no número de moscas que importunam o gado). pequenos peixes, répteis, anfibios e moluscos aquáticos ou terrestres. 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Alteia (Althaea officinalis)

Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Familia: Malvaceae
Género: Althaea
Espécie: Althaea officinalis

A Alteia, Malvaisco ou Malva-branca  é uma planta originária da Europa (desde a Dinamarca até Portugal e das Ilhas Britânicas à Rússia), da Ásia (da Turquia até à China) e  do norte de África (de Marrocos até à Tunisia). Frequentemente naturalisada.

Encontra-se em solos húmidos, neutrófilos e mesotrófilos, na faixa de planície que vai do litoral até à zona de transição para a montanha. Prefere uma exposição parcial ao sol, mas tolera outras condições de luz. Raiz, folhas e flores têm propriedades medicinais e como tal é conhecida e cultivada desde a Grécia clássica, sobretudo como antitússico mas não só. Utilizada em Medicina humana e animal, confeitaria, cosmética e como ornamental em jardins. É uma planta
melífera.

Em Portugal distribui-se pela faixa  litoral desde a península de Setubal até ao Minho e estendendo-se para o interior ao longo dos vales do Tejo e Vouga.

Planta  perene e hemicriptófito (em que a parte aérea morre no Inverno e se renova na Primavera a partir de  gemas  que brotam ao nivel do solo ) ramificada a partir da base. O caule, acinzentado, é erecto e tomentoso (com muitos pêlos), podendo  atingir  100 -150 cm. As folhas são arredondadas e peludas, inteiras ou lobuladas (3 lobos) e de bordo denteado.
Floresce de Junho a Setembro. As flores são de um pálido branco-rosado, de pedunculo curto. O fruto é um esquizocarpo com numerosos carpelos, amarelados. As sementes são réniformes.




quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Liquene-dos-telhados (Xanthoria parietina)

Reino: Fungi
Divisão: Ascomycota
Classe: Lecanoromycetes
Ordem: Teloschistales
Familia: Teloschistaceae
Genero: Xanthoria
Especie: Xanthoria parietina

Liquene folioso que se encontra em locais soalheiros e expostos, ricos em azoto. Arribas com guano, rochas, paredes, telhados, pedras,... Muito comum sobretudo na zona costeira.

A familia Teloschistaceae, a que pertence, é composta na sua maioria por liquenes de cores vibrantes, amarelos e vermelhos. O composto colorido (parietina) actua como protector solar para a alga simbionte.

Ocorre frequentemente  junta a outras espécies de liquenes tolerantes ao excesso de azoto formando uma espécie de comunidade que dá pelo nome de Xanthorion.


Só o fungo se reproduz sexuadamente  através de esporos produzidos nos frutos discóides dourados que surgem à superfície do liquene. Quando os esporos germinam necessitam de associar-se com a alga parceira para que  se forme o liquene. 

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Louva-a-deus (Mantis religiosa)


Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Sub-filo: Hexapoda
Classe: Insecta
Ordem: Mantodea
Familia: Mantidae
Género: Mantis
Espécie: Mantis religiosa

O nome comum de Louva-a-deus deriva da posição que adopta colocando as patas dianteiras em forma de oração.

Espécie terrestre e diurna
É extremamente voraz e alimenta-se por predação de insectos sem preferência de espécie.
Duas variedades de coloração: verde e castanho pálido.
Tem asas.


Habitam em zonas cultivadas e de mato, vivendo entre os ramos de plantas.

Na época de acasalamento a fêmea atrai o macho pela emissão de feromonas. Depois da cópula o macho é devorado.

Os ovos em número de 200-300 são protegidos por uma ooteca onde passam o Inverno eclodindo na Primavera.

Muito comum na região.



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Trametes versicolor


Reino: Fungi
Divisão: Basidiomycota
Classe: Agaricomycetes
Ordem: Polyporales
Família: Polyporaceae
Género: Trametes
Espécie: Trametes versicolor




Em Espanha é conhecido por "Cauda-de-pavão" (Cola de pavo). Julgo não haver nome comum em português.


Comum na minha zona em troncos velhos (Eucalipto, Laranjeira, Quercus) e até em relvados.






quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Tábua-larga (Typha latifolia)


Reino: Plantae
Divisão: Spermatophita
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Typhales
Familia: Typhaceae
Género Typha
Espécie: Typha latifolia
Nome comum: Tábua-larga, Foguete, Morrião-dos fogueteiros, Tábua-de-espiga-negra

Planta palustre frequente em margens de charcos, pântanos, brejos, várzeas, valas de irrigação e cursos de àgua de corrente lenta. 

Nativa da Europa, África e América do Norte e do Sul. É uma das espécies de Typha presentes em Portugal (as outras são a Typha angustifolia e a Typha dominguensis) mas a diferenciação entre estas espécies não parece ser fácil.
Inflorescência feminina (castanha) e masculina (cor de palha)

As Tifáceas são plantas perenes, de raiz rizomatosa, invasoras, habitantes obrigatórias de zonas inundadas, tolerantes a variações do nível da àgua e a salinidade moderada dos solos, emergentes, que atingem 1,5 a 3 m de altura.

Os caules são finos coroados por uma inflorescência em forma de charuto ou salsicha composta por 2 duas partes sobrepostas; a inferior,feminina de cor castanha quando madura e a superior masculina, mais pequena e fina de cor amarelada.

Reproduz-se quer por sementes quer vegetativamente a partir do rizoma.

Embora edível não deve ser utilizada como tal dado que absorve poluentes presentes na àgua ou no sólo.
Durante o Paleolítico seria usada (entre outras plantas) para a obtenção de farinha.

Local: 39º 21' 14" N; 9º 11' 40" W; 25m







Lasiocampa quercus

Reino: Animalia
Filo. Arthropoda
Sub-filo: Hexapoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Familia: Lasiocampidae
Género: Lasiocampa
Espécie: Lasiocampa quercus

Aparece ocasionalmente no meu jardim no Sobral da Lagoa durante os meses de Verão.